Como o setor de óleo e gás ajudou a desenvolver a ciência no Brasil?

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ATUALIZADO EM outubro 2019

Com a descoberta do pré-sal, o Brasil precisou desenvolver tecnologias capazes de produzir óleo e gás em severas condições oceanográficas, e que fossem capazes de suportar as altas pressões dos reservatórios. A tecnologia desenvolvida para a extração de petróleo em águas profundas é tão complexa que pode ser comparada à usada para exploração do espaço sideral. O petróleo extraído da camada do pré-sal pode chegar a 7 mil metros de profundidade – uma profundidade equivalente a 12 morros do Pão de Açúcar empilhados. Logo, o pré-sal exige uma tecnologia ainda mais avançada e específica para a extração e produção de óleo e gás.

Crescimento com preocupação ambiental

O setor de óleo e gás tem a preocupação e o compromisso de crescer e desenvolver com responsabilidade. Por isso, além das tecnologias para aumentar a produção e reduzir os custos, o setor também desenvolve técnicas que diminuem a emissão de gases causadores do efeito estufa e que aumentam a segurança do funcionamento da plataforma, por exemplo. Não raro, as petrolíferas se associam a renomadas universidades e institutos de pesquisa para capacitar e desenvolver novos talentos e inovações. Reconhecido internacionalmente pelo desenvolvimento de tecnologias de ponta, petrolíferas brasileiras colecionam prêmios internacionais.

Abaixo, algumas soluções desenvolvidas para a exploração e produção de petróleo e gás

Separador submarino de água e óleo: projeto inovador que separa a água do óleo ainda no fundo do mar e reinjeta a água no reservatório. Além de reduzir o volume de equipamentos usados da plataforma, diminui custos operacionais.

Bomba multifásica submarina: utiliza energia elétrica enviada pela unidade de produção para aumentar a pressão do reservatório. O equipamento possibilita elevar a produção em torno de 6 mil barris/dia. As vantagens são o aumento da produção de petróleo, a viabilização da produção em poços mais distantes das plataformas, além do aumento do fator de recuperação (o quanto se pode extrair de óleo) do reservatório.

Captura de CO2: tecnologia de oxi-combustão (substituição do ar que é utilizado na queima de combustíveis por oxigênio puro) para captura do dióxido de carbono (CO2), gás liberado durante os processos industriais das refinarias. A partir dessa tecnologia, espera-se conseguir a captura de pelo menos 90% do CO2 emitido e gerar uma corrente de CO2 com pureza mínima de 95%, pronta para venda para indústrias compradoras de CO2, injeção em poços para retirada do petróleo (chamada de recuperação avançada de petróleo), ou injeção em reservatórios naturais no subsolo nos quais fica retido (chamado armazenamento geológico).