Do poço ao posto: quais as etapas do petróleo até virar gasolina?

Petróleo
ATUALIZADO EM outubro 2019

Quando abastecemos o carro em um posto de gasolina é difícil imaginar todo o caminho que aquele combustível percorreu até chegar ao tanque do veículo. O que acontece é que o petróleo passa por várias etapas de transformação desde quando saiu do poço no fundo do mar. Conheça o caminho do petróleo que vai desde a fonte até os postos de gasolina de todo o país.

Da extração à destilação: o primeiro passo de todo o processo

Extraído de reservas em alto mar, no caso do Brasil, o petróleo bruto – ou óleo cru, como também é chamado – é retirado de rochas sedimentares localizadas a mais de cinco mil metros de profundidade através de poços perfurados por sondas de alta tecnologia. Uma vez extraído, o petróleo é encaminhado por navios ou oleodutos das plataformas para as refinarias, que são responsáveis por transformar a matéria-prima em derivados, como a gasolina, o diesel e o querosene, por exemplo.

O primeiro processo é a chamado destilação, quando o petróleo é submetido a altas temperaturas – mais exatamente até 370°C – em uma caldeira e os diferentes componentes dessa grande mistura vão evaporando ou se separando em fases líquidas. Essa mistura de vapor com líquido sai para uma torre de destilação em três diferentes partes: a gasosa subirá para a seção mais alta da torre, a mais densa cai até o fundo da torre e a menos densa descerá, podendo virar vapor no caminho. Em cada um desses níveis, um recipiente coleta os subprodutos extraídos.

Conversão: entenda o segundo processo do nascimento da gasolina

Na conversão, as partes mais densas e de menor valor do petróleo são transformadas em partículas menores, tornando-as derivados mais nobres e aumentando o aproveitamento da extração. Essas partículas menores podem ir para todos os níveis da torre, podendo ser convertidas em gasolina.

Tratamento: como a gasolina é purificada antes de chegar aos postos

Na etapa final, a gasolina é submetida a alguns processos dentro da própria refinaria para que se adeque às especificações exigidas pelo mercado e pelos órgãos reguladores. Dentre esses processos, a retirada de enxofre é a mais importante e o que garante um baixo teor da substância no produto final, conforme a exigência. Assim, a gasolina sai das refinarias para as distribuidoras do país sem nenhum aditivo.

Após ser transportada da refinaria para a distribuidora, a gasolina recebe a adição de etanol (conforme as exigências da ANP, Agência Nacional do Petróleo), fator que ajuda na diminuição da emissão de poluentes no meio ambiente e aumenta a octanagem do produto, ou seja, a resistência do combustível à pressão que ele sofre na câmara de combustão. Essa é a gasolina comum, que abastece os postos de gasolina.

Para a produção da gasolina aditivada são acrescentados detergentes e dispersantes que conservam o sistema de combustão dos motores e otimizam o rendimento dos carros, garantindo um transporte com combustível de qualidade em todo o país.