O que é mix energético e porque ele é importante?

Transição Energética
ATUALIZADO EM outubro 2019

Tecnologia, inovação e a forte demanda da sociedade por fontes de energia de baixa emissão de carbono são os principais indicativos de que a transformação do mix energético será em um futuro cada vez mais próximo. Estima-se que até 2040, ele será o mais diversificado que já tenhamos visto. Petróleo, gás natural, carvão e combustíveis não-fósseis coexistirão em perfeita harmonia. Cada um corresponderá a cerca de 25% das fontes de energia, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Hoje, o setor de óleo e gás já percebe essa mudança de mercado. Como exemplo, podemos mencionar que a demanda por gás natural ultrapassa a demanda de carvão.

O setor de óleo e gás ainda tem participação nesse cenário

Apesar do horizonte já apontar para uma matriz energética cada vez mais diversificada e formada por combustíveis de fontes renováveis, um estudo do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) mostra que daqui a 20 anos o petróleo e seus derivados ainda corresponderão à 47% da matriz energética brasileira. Hoje, ela ainda depende 52% de fontes oriundas do petróleo e do gás natural.
Estudos do IBP e da IEA (Agência Internacional de Energia) mostram uma queda progressiva da dependência dessas fontes de energia. Em 2017, o petróleo e derivados correspondiam a 41% da matriz energética, a projeção é que em 2025, já corresponda a 38%; em 2030, a 37% e 2040, a 34%.

Brasil tem a matriz energética mais diversificada e renovável das grandes economias

Hoje, 43% da energia brasileira é oriunda de fontes renováveis, sendo considerado o país com o maior mix de energia renovável. A projeção é que em 2040, esse número aumente para 46%, enquanto na América Latina, a média é de 30%, e na União Europeia de 15%. Esse cenário é bastante positivo para o Brasil, visto que todas as nações estão em um esforço comum de manter as metas do Acordo de Paris.

Para 2030, as metas para energias renováveis são os principais mecanismos para impulsionar a transição para uma economia de baixo carbono e reduzir as emissões de poluentes da atmosfera. Já a projeção para 2040, no cenário de desenvolvimento sustentável, as fontes de energia com baixa emissão de carbono chegarão a 40%.
De acordo com o estudo Energy Outlook, da BP, o Brasil foi o segundo maior consumidor de biocombustíveis em 2016, atrás apenas dos EUA. Estima-se que até 2040, 24% de todos os combustíveis líquidos consumidos pelos brasileiros sejam originados dos biocombustíveis. Já nos EUA, essa participação deverá ser de apenas 7%.