Plataformas digitais integradas que aliam inteligência artificial (IA), algoritmos sofisticados e coleta e análise de dados em tempo real são algumas das ferramentas disruptivas que o mundo do petróleo está utilizando para melhorar seus resultados operacionais. O avanço da tecnologia pode ser exemplificado pelos sistemas cognitivos que auxiliam geólogos na identificação de prospectos e combinam maior velocidade e precisão na interpretação sísmica, dando mais segurança na tomada de decisões.
Outra ferramenta que vem sendo bastante utilizada por praticamente todos os grandes players do segmento de exploração e produção de petróleo e gás natural (E&P) é a Digital Twin. A tecnologia replica virtualmente qualquer instalação física, possibilitando testes e simulações em um ambiente sem riscos e, com isso, gerando soluções para as operações reais.
Além de acelerar e dar mais precisão às análises sísmicas, a inteligência artificial aumenta a velocidade de comunicação, a capacidade de armazenamento das informações e a longevidade de equipamentos, por meio da manutenção preditiva, e de projetos.
Com o avanço da tecnologia digital baseado em IA sendo capaz de gerenciar milhões de dados e processos, o horizonte que se vislumbra para o setor de óleo e gás é o da automação em diversas etapas, cabendo ao profissional monitorar remotamente a operação.
No entanto, há ainda um longo caminho a ser percorrido até que todas essas mudanças ocorram. Entre as inovações planejadas para um futuro ainda não muito bem definido estão as plataformas não-habitadas ou com um contingente humano mínimo.
Pessoas serão o diferencial no setor de óleo e gás
Os cientistas de dados não vão substituir geólogos e engenheiros na análise de materiais e de dados de prospectos, assim como na formulação de soluções técnicas. Contudo, profissionais que reúnam essas e outras competências digitais serão cada vez mais presentes no setor de petróleo e gás.
Com o maior uso de tecnologia digital sendo integrada no mundo do trabalho, são inevitáveis os questionamentos sobre a necessidade de pessoas em determinadas atividades. Entretanto, no mercado de petróleo e gás, mesmo especialistas que já usam essas ferramentas não acreditam que o valor humano será descartado. Pelo contrário: a aposta se dá na migração de funções e na utilização dos profissionais em atividades mais nobres.
Com isso, espera-se que as pessoas tenham mais tempo para realizar outras tarefas, enquanto algoritmos, máquinas e processos automatizados auxiliam esses profissionais a tomarem a melhor decisão para seus negócios.
* Essa matéria foi produzida durante a Rio Oil & Gas 2018