Quando se pensa em petróleo como sendo um recurso natural não renovável muita gente pode ter a sensação de que este é um recurso finito e pode se esgotar rapidamente. Se alinharmos essa percepção com a informação de que exportamos e importamos petróleo para/de outros países, a confusão pode ser geral. Para começar, se o recurso é finito, por que vendemos para outros países? Em segundo lugar, se somos donos de uma das maiores reservas do mundo, qual a necessidade de comprar este produto de outras fontes? A resposta é mais simples do que parece! Entenda por que a comercialização internacional do óleo e seus derivados é tão importante para a economia brasileira.
Para cada uso, um tipo de petróleo
Com muitas etapas de produção, desde a extração até as formas de refino, o petróleo pode ter várias finalidades. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais do petróleo bruto que, só após o refino é transformado nas coisas que consumimos como, por exemplo, em gasolina. É fácil perceber que este petróleo bruto é mais barato que o produto final, já que é a matéria-prima utilizada. Nas refinarias, as substâncias são separadas por níveis e até por qualidade. Todo esse processo demanda tempo e é bastante custoso.
Por que importamos e exportamos o petróleo?
Recentemente, o Brasil se tornou grande produtor de petróleo, porém, há muito tempo, somos consumidores de seus derivados. Para abastecer nosso mercado interno, foi necessária a construção de refinarias especificamente projetadas para processar o petróleo importado de outros países ou a mistura de óleos que, combinados em proporção adequada, supre a nossa necessidade. Parte do petróleo que produzimos em nossas refinarias, junto ao petróleo importado, atende nossa demanda de asfalto, óleo diesel, lubrificantes, gasolina e nafta, por exemplo.
Na mesma medida que importamos, também exportamos parcela da nossa produção que não é a mais adequada ao nosso parque de refino atual. Além desses fatores, hoje produzimos uma quantidade de petróleo maior do que consumimos, portanto, a quantidade de exportação é maior do que a importação, o que torna o Brasil um exportador líquido de petróleo. Isso significa que, no balanço entre importações e exportações, o país ganha mais dinheiro do que gasta, resultando em contribuição positiva para o superávit na balança comercial.
O futuro da balança comercial do petróleo
Segundo dados do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) e da ANP (Agência Nacional do Petróleo), desde 2013, a produção nacional tem crescido consideravelmente, resultando em um aumento de 165% das exportações e queda de 59% das importações; números bastante significativos para a economia brasileira.