A integração da indústria 4.0, também chamada de 4ª revolução industrial, nos diferentes processos das companhias do setor de óleo e gás é um dos desafios mais presentes na realidade das operadoras.
O atual uso da tecnologia digital já mostra o imenso potencial de ganhos que a transformação digital no setor tem para melhorar a eficiência operacional de variados projetos. A mudança de cultura nas equipes e a qualificação dos profissionais em sistemas e softwares baseados em inteligência artificial prometem revolucionar a dinâmica do gerenciamento de projetos e a performance dos ativos.
Drones com câmeras termográficas, digital twin – réplica virtual de uma unidade real –, operação remota, manutenção sem intervenção humana, entre outras, são tecnologias inovadoras utilizadas hoje com mais frequência que ganham mais confiabilidade a cada dia, reforçando que o caminho do sucesso passa pela digitalização das atividades.
Exemplo claro desses ganhos são os robôs que fazem a pintura de cascos de FPSOs (plataformas do tipo Floating, Production, Storage and Offloading). Tais equipamentos reduzem em 84% o custo do serviço, em 88% a exposição de pessoas a riscos e em 60% o tempo de realização da tarefa.
O Digital Twin também já é uma ferramenta bastante usada, permitindo simular cenários adversos e, com isso, gerar ações de correção e prevenção. Ela possibilita aos geólogos e engenheiros identificar possíveis falhas, a partir de testes que produzem informações e soluções para aplicação no mundo real.
Assim, internet das coisas (IoT), computação em nuvem e inteligência artificial vêm aumentando gradativamente a eficiência do setor de óleo e gás, com impactos positivos no desempenho operacional e nos resultados financeiros.
De acordo com o documento “Levantamento de tendências digitais de petróleo e gás no Upstream” da Accenture e Microsoft, divulgado em 2017, as tecnologias digitais podem gerar para as companhias que atuam em exploração e produção de petróleo e gás (E&P) tomadas de decisão mais precisas e ágeis, antecipando o início da produção dos novos projetos.
As empresas que participaram da pesquisa responderam que os principais benefícios do avanço da tecnologia são: tomada de decisão mais ágil e precisa (30%); menor tempo para início da produção de petróleo e gás (19%); e redução de risco possibilitado pelo suporte de decisão (12%). Além disso, 73% dos entrevistados afirmaram que boa parte dos seus campos de petróleo deverá estar totalmente automatizada com o uso dessas tecnologias em um horizonte de três a cinco anos.
* Essa matéria foi produzida durante a Rio Oil & Gas 2018