Biocombustíveis são derivados de biomassa renovável e têm a capacidade de substituir, total ou parcialmente, os combustíveis oriundos de petróleo e gás natural. No Brasil, os tipos mais comuns são: o etanol, produzido a partir da cana-de-açúcar e o biodiesel, produzido a partir de óleos vegetais ou gordura animal.
Cerca de 45% da energia no Brasil já é de fontes renováveis, enquanto no resto mundo 86% da energia ainda é obtida de fontes não renováveis. Nosso país é pioneiro mundial no uso de biocombustíveis, atingindo 18% do consumo total de combustíveis. Esse dado pode ser explicado pelo fato de o governo estabelecer uma mistura obrigatória de etanol à gasolina. Essa lei tem como objetivo reduzir os níveis de emissão de poluentes gerados pelo setor de transporte. Essa mistura não deve ser inferior a 20% nem superior a 27% para que não prejudique o desempenho do veículo.
Outro impulsionador da demanda de biocombustíveis no País é o RenovaBio, uma Política Nacional de Biocombustíveis que visa traçar uma estratégia para que o papel de todos os tipos de biocombustíveis seja reconhecido na matriz energética brasileira. O programa também visa o cumprimento das metas brasileiras estabelecidas pelo Acordo de Paris, estabelecendo objetivos anuais de descarbonização do setor de combustíveis, incentivando a produção e participação na matriz energética do Brasil. Diferente de outras medidas tradicionais, o programa não propõe a criação de imposto sobre carbono, subsídios, crédito presumido ou mandatos volumétricos de adição de biocombustíveis à combustíveis.