O gás natural está presente no nosso dia-a-dia. É usado nas residências como fonte de calor, na geração de energia elétrica, como combustível para o transporte, onde é chamado de GNV (Gás Natural Veicular), e como insumo para várias indústrias, como aço, metais, embalagens, plásticos, produtos hospitalares e eletrônicos.
Atualmente, o gás natural é mais utilizado no Brasil para geração de energia elétrica, por meio das usinas termelétricas, e nas indústrias, como fonte de energia ou matéria-prima. A seguir, o Além da Superfície detalha como funciona o mercado de gás natural atualmente.
Sancionada pelo governo federal, a Lei 14.134/21 estabelece as bases para criação de um novo mercado de gás natural no Brasil, trazendo segurança aos consumidores para escolher seu fornecedor e ampliar o consumo do energético.
Entre outras importantes mudanças, a Lei 14.134 simplifica o modelo para construção de novos gasodutos, garante o acesso não discriminatório às infraestruturas essenciais (dutos de escoamento, unidades de processamento e de regaseificação) e determina a independência entre as atividades de comercialização e transporte de gás natural, a chamada desverticalização. Entenda como funciona o atual modelo e, neste link, veja o que vai mudar.
Produção: cerca de 80% da produção é offshore (alto-mar) e ocorre em campos de gás associado.
Escoamento: são os dutos que ligam as instalações de produção até as unidades de processamento. O Brasil tem atualmente três rotas principais interligando as plataformas em mar ao processamento em terra, sendo duas destas já em operação.
Tratamento: é feito nas UPGNs (Unidade de Processamento de Gás Natural), instalação industrial que realiza o tratamento do gás natural bruto, tornando-o próprio para o consumo. Na UPGN o gás natural passa por um processo de separação de impurezas e de ajuste em suas propriedades e composição, quando são também produzidos outros hidrocarbonetos como GLP.
Transporte: é a malha de gasodutos que leva o gás natural das UPGNs até a rede das distribuidoras locais, que tem início nos citygates. Hoje, o país conta com cinco transportadoras (TAG, NTS, TBG, GOM, TSB).
Distribuição: ao contrário das demais atividades do setor, que estão sob a esfera federal, a distribuição é regulada pelos Estados. Hoje o Brasil conta com 27 distribuidoras levando o gás natural para o consumidor final.
Importação: além da produção nacional, o abastecimento do mercado brasileiro é feito também por gás natural vindo de outros países. O Brasil importa gás natural da Bolívia por meio do Gasbol (Gasoduto Brasil-Bolívia) e compra GNL de outros países. Hoje o Brasil conta com quatro terminais de regaseificação (CE, BA, RJ e SE).
Mercado consumidor: indústrias (50%) e termelétricas (37%) são os principais consumidores, seguidos pelo setor automotivo (8%), cogeração (4%), consumo residencial (2%) e comercial (1%).
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