Downstream brasileiro: tendências para um setor em transformação

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Publicado em 25 de dezembro de 2025 | Atualizado em 22 de dezembro de 2025

O futuro do mercado de combustíveis no Brasil é promissor: mais biocombustíveis e maior integração com recursos renováveis. Essas tendências são destacadas pelo Outlook IBP 2025-2029, documento inédito lançado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), que projeta os próximos cinco anos do setor. Em um cenário de transição energética global, o downstream — responsável pelo refino, distribuição e comercialização de combustíveis — se reinventa para garantir abastecimento e competitividade. 

O que esperar nos próximos anos 

As estimativas para o período de 2025 a 2029 apontam para um crescimento contínuo na demanda por derivados no Brasil, impulsionado principalmente pelo consumo de diesel e gasolina, que, juntos, representam mais de 72% do mercado no início do período. 

A demanda por diesel deve crescer 8,5% até 2029, sustentada pela predominância do transporte rodoviário, enquanto o querosene de aviação pode avançar 22%, acompanhando a retomada do setor aéreo no pós-pandemia.  

Ao mesmo tempo, os biocombustíveis devem ampliar sua participação na matriz em cerca de 7% no período, impulsionados por políticas como a Lei do Combustível do Futuro e pelo programa RenovaBio. A produção de etanol e biodiesel, por exemplo, deve crescer cerca de 7% entre 2025 e 2029, reforçando seu papel estratégico na descarbonização da matriz de transportes. 

Panorama atual: robustez e desafios 

O Brasil conta com uma infraestrutura consolidada: 18 refinarias, mais de 42 mil postos de combustíveis, 45 mil km de malha dutoviária e um parque de refino que ocupa a 9ª posição mundial, com capacidade instalada de 2,4 milhões de barris por dia, segundo a ANP. Em 2024, as vendas de combustíveis somaram 155,6 milhões de metros cúbicos, um crescimento de 4% em relação ao ano anterior. 

O óleo diesel manteve-se como o combustível mais representativo, respondendo por 43% do volume total comercializado, com alta de 2,6%. Já o etanol hidratado apresentou a variação mais expressiva do ano, com crescimento de 33%, atingindo 21,6 milhões de m³, impulsionado por preços competitivos e pela predominância da frota flex.  

Clique aqui e confira o Outlook IBP 2025-2029 na íntegra.

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