Até 2029, a produção disponível de gás natural no Brasil deve crescer 34% em relação a 2024, alcançando 68 milhões de metros cúbicos por dia, segundo o Outlook IBP 2025-2029, documento inédito lançado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). Esse avanço reforça o papel do gás como combustível de transição, garantindo flexibilidade ao sistema elétrico e complementando fontes renováveis como eólica e solar. Em um cenário de descarbonização gradual, o gás natural surge como alternativa estratégica para reduzir emissões sem comprometer a segurança energética.
O gás natural emite menos CO₂ que outros combustíveis fósseis e é essencial para dar estabilidade ao sistema elétrico brasileiro, especialmente em períodos de baixa geração hídrica. Além disso, é um insumo importante para a indústria e pode atuar como ponte para a inserção do biometano, ampliando a participação de fontes renováveis na matriz.
Em 2024, o Brasil produziu 153 milhões de m³/dia, sendo quase 80% originados no pré-sal. As reservas provadas somam 517 bilhões de m³, indicando potencial expressivo para expansão. Apesar disso, o país ainda depende de importações: foram 22 milhões de m³/dia em 2024, alta de 30% em relação ao ano anterior, principalmente da Bolívia. O aumento das importações está diretamente ligado ao maior acionamento das usinas termelétricas, necessário para compensar a queda na geração hidrelétrica provocada pela estiagem em bacias estratégicas do país.
O crescimento contínuo da produção de gás natural no Brasil reflete a expansão das atividades de exploração e produção, garantindo maior oferta do energético no mercado interno. Campos com reservas expressivas e alta viabilidade, como Raia, na Bacia de Campos — com potencial de 16 milhões de m³ por dia — são determinantes para sustentar esse avanço e consolidar o fornecimento nacional.
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