A indústria de óleo e gás (O&G) é uma das que mais investe no país em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I). Nos últimos dez anos, os investimentos chegaram a R$ 13 bilhões. Só em 2020, foram R$ 1,5 bilhão, segundo o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás).
A demanda por tecnologia vem crescendo e as empresas do setor estão fazendo diferente também na hora de inovar. Assim como outros setores, a indústria de O&G se abriu para a inovação aberta. É um conceito que defende a colaboração entre empresas, indivíduos e órgãos públicos como um caminho mais eficiente para encontrar soluções. O resultado disso são parcerias entre grandes companhias e startups, por exemplo.
Nesta edição do podcast do Além da Superfície, Alex Dal Pont, gerente de inovação em ecossistemas empreendedores da Petrobras, e Lucilene Bragança, especialista em suprimentos com foco em inovação da Equinor, contam os desafios que as companhias enfrentam para realizar parceiras, as áreas mais promissoras, os programas que desenvolvem para atrair startups e como a inovação aberta está ajudando as companhias a encontrar novas soluções.
Na conversa, Dal Pont recorda que a Petrobras tem uma longa história de inovação, que levou ao reconhecimento internacional na exploração em águas profundas. “Nunca fizemos sozinhos, sempre foi através de cooperação, com grandes empresas, startups, universidades. O DNA de cooperação está na Petrobras. E a partir do reconhecimento do papel das startups nos ecossistemas, começamos a estruturar esse processo de inovação aberta e estamos ampliando a cooperação ano a ano. Recebemos recentemente um prêmio no 100 Open Startups que foi um orgulho para gente. Demonstra que estamos no caminho certo para a inovação aberta”, destaca. O prêmio reconhece empresas líderes em open innovation no Brasil. Em 2021, a Petrobras liderou o ranking entre as empresas de O&G .
Desde 2019, a Petrobras desenvolve o programa Conexões para Inovação que, em 2021, está destinando até R$ 22 milhões para parceiras com empresas de todos os portes, inclusive startups, instituições científicas e tecnológicas, pesquisadores e empreendedores. Objetivo é atuar na busca de soluções de alto impacto em geração de valor.
Já a Equinor lançou este ano a sua primeira iniciativa em inovação aberta no país, o programa Bridge. O objetivo é conectar e colaborar com startups, pequenas e médias empresas, para testar soluções prontas e gerar resultados rápidos nas operações de óleo e gás. “As parcerias de pesquisa e desenvolvimento nas universidades já comprovaram que a inovação aberta é um caminho de sucesso, de grande valor e impacto para as empresas”, argumenta Lucilene.
Na opinião de Lucilene, uma das grandes fronteiras é o desenvolvimento de softwares para uso em diferentes áreas desta indústria, incluindo a obtenção e melhor uso de dados. Hoje, cita Dal Pont, 95% dos dados produzidos pelo setor não são usados para tomar decisão. “O potencial para aproveitar esses dados é gigantesco”, completa. Hoje, a Petrobras segue três pilares de inovação: geração de valor, eficiência operacional e sustentabilidade.
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