O setor de óleo e gás desempenha um papel central na economia brasileira. Segundo dados divulgados recentemente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria representou 17,2% do PIB industrial brasileiro em 2021, marcando o valor mais alto na composição do indicador nesta última década. O destaque coloca o setor como líder em participação dentro do PIB da indústria, evidenciando sua importância estratégica para o panorama econômico nacional.
Uma análise mais aprofundada dos fatores por trás dessa mudança revela claramente a importância desempenhada pelo setor de extração e produção de petróleo e gás natural. Esse segmento experimentou uma expansão substancial, elevando sua participação no PIB industrial de 4,4% em 2020 para 11,6% em 2021. Esse crescimento excepcional foi impulsionado por um aumento no preço internacional do petróleo de cerca de 70%, que mais do que compensou a queda de 1,5% na produção nacional de óleo bruto em 2021.
Enquanto isso, o segmento de derivados e biocombustíveis permaneceu relativamente estável durante o mesmo período. Sua contribuição para o PIB industrial passou de 5,8% em 2020 para 5,6% em 2021, indicando uma estabilidade relativa em meio às mudanças dinâmicas que caracterizam o setor de energia.
“Esses dados demonstram a importância do setor de O&G no desenvolvimento da economia nacional. A perspectiva é que essa participação cresça ainda mais, dado o aumento na produção e as dinâmicas do preço internacional do barril de petróleo, fortalecendo a posição do setor frente a economia e à indústria brasileira”, analisa Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).
Ainda, o segmento de energia e gás natural registrou uma participação de 7,9% no PIB industrial em 2021. Esse setor abrange uma gama diversificada de atividades essenciais para o funcionamento da economia, incluindo a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, além da produção e distribuição de combustíveis gasosos por redes urbanas e serviços relacionados à produção e à distribuição de vapor, de água quente e de ar-condicionado. Devido à natureza da agregação dos dados, não é possível estimar separadamente a participação do segmento de produção e distribuição de combustíveis gasosos. No entanto, pode-se inferir que a participação do setor de óleo e gás é ainda mais expressiva.