A indústria vem passando por mais uma momento marcante em sua história: “a Transformação Digital”, e nesse contexto, o setor de óleo e gás é um dos que mais vem recebendo o impacto das mudanças causadas por ela, aplicando na otimização de processos e criando rupturas nos modelos operacionais existentes.
A necessidade de reduzir custos e o cenário econômico e geopolítico têm feito com que os empresário do setor, sempre conservadores, comecem a considerar essas novidades em prol do setor. Esse processo também é conhecido como a quarta revolução industrial.
A transformação digital no setor de óleo e gás tem potencial para incrementar cerca de U$1,6 trilhão de valor para o setor, os clientes e também para a sociedade. Esses dados são do relatório emitido pelo Fórum Econômico Mundial, de 2017. Acredita-se que com a flexibilização das regulamentações governamentais e operacionais, somada a possibilidade de aderência às tecnologias disruptivas, esse valor pode alcançar de U$2,5 trilhões. Essas possibilidades são animadoras para as empresas fornecedoras de serviços de engenharia e de tecnologia da informação de todo mundo.
A transformação digital já começou. Big data, inteligência artificial, impressão 3D e Machine learning são algumas dessas tecnologias que já estão sendo utilizadas pelo setor. Exemplo mais marcante de sua aplicação no Brasil, é o da Completação Inteligente, onde sensores subsea fornecem informações sobre características das acumulações de petróleo em um poço que atravessa mais de um reservatório, permitindo que se injete água para aumentar a produção na formação que dela realmente mais necessita. Contudo, a primeira Completação Inteligente no Brasil data de 1997.
Com a digitalização, além dos processos serem mais seguros e eficazes, as empresas podem simular desempenho e funcionalidade, como acontece com o digital twins (gêmeo digital), por exemplo. Essa tecnologia permite simular condições de desempenho em qualquer equipamento.
Outro ponto positivo da adoção das tecnologias 4.0 é a otimização dos processos produtivos. Aumento da eficiência, redução de custos e maior agilidade nos processos são as vantagens responsáveis pelo incremento na produtividade. A quarta revolução industrial já começou e permite que o desenvolvimento de soluções inteligentes sejam integradas à cadeia produtiva do setor de óleo e gás.