Como a Acelen está transformando a Refinaria de Mataripe

Setor

A segunda maior refinaria do Brasil, a Refinaria de Mataripe, na Bahia, vem passando por grandes mudanças. Antes pertencente à Petrobras, foi privatizada em 2021 e passou a ser gerida pela Acelen. A entrada da empresa provocou uma nova configuração no mercado, ainda muito concentrado, e dinamizou o setor. Diante do novo cenário, algumas transformações estão acontecendo a passos largos na unidade de refino.

Um robusto programa de modernização e revitalização está sendo desenvolvido e já proporciona um aumento na capacidade produtiva da refinaria e diversificação da sua linha de produção. Atualmente, a unidade conta com mais de 30 produtos em seu portfólio, alguns lançados recentemente, e abastece as principais distribuidoras de combustível do país.  Além disso, a partir de uma postura de contato contínuo com seus clientes e aumento da eficiência operacional, qualidade de seus produtos, logística e recursos humanos, a refinaria promete ser cada vez mais competitiva.

No momento, sua produção é de 290 mil barris/dia, cerca de 14% da capacidade total do refino nacional e quase metade do abastecimento da região Nordeste. Sua meta é aumentar os níveis operacionais de 65%, em 2021, para mais de 97% da capacidade instalada, em torno de 302 mil barris de petróleo/dia, após a modernização. Outro dado expressivo é que a refinaria bateu recorde na produção e comercialização de diesel S10 algumas vezes neste ano, além disso, se tornou líder na fabricação de parafina na América Latina, com cerca de 22% do mercado dessa região, 70% do Brasil e 2% da produção mundial.

Investimento e transição

O primeiro ano de operação da refinaria sob a gestão da Acelen está sendo um ano de transição, segundo Marcelo Lyra, VP de Comunicação, Relações Institucionais e ESG da empresa. “Já contamos com mais de 700 profissionais no nosso quadro próprio. Em relação à transição, já temos mais de 300 pré-contratos assinados com colaboradores da Petrobras que decidiram migrar para a Acelen. São colaboradores principalmente da área operacional e que trazem o conhecimento necessário para nos ajudar a garantir uma transição sem rupturas. Estamos nos preparando para uma operação 100% Acelen, com previsão de termos mil empregados vestindo a camisa azul até o fim do ano”, diz.

Em relação a investimentos, a Acelen está implementando um plano de R$1,1 bilhão, apenas em 2022, para a modernização da refinaria, o que permite ampliar produção, confiabilidade, segurança e eficiência. Desse total, quase metade é dedicada às paradas programadas de manutenção, realizadas desde abril, com o cronograma de um ano, e R$ 60 milhões destinados a melhorias de impacto ambiental. A expectativa para 2023 é de ao menos repetir esse valor.

No que diz respeito a inovação e tecnologia, a Acelen em parceria com o Senai Bahia e Senai/Cimatec está investindo R$ 4 milhões no desenvolvimento de soluções com grande impacto na competitividade industrial e eficiência no uso de recursos naturais. Em segurança patrimonial, houve o investimento de mais de R$ 11 milhões em recursos de alta tecnologia.

População local e meio ambiente

Preocupada em construir sua matriz ESG, a empresa tem assumido uma postura de proximidade com as comunidades para ouvir e debater melhorias para a região. “Temos promovido ações sociais, culturais, esportivas e de geração de oportunidades e capacitação profissional. A principal iniciativa nesta direção é o nosso Centro de Excelência em Educação Acelen, o Acender, único do mercado privado de refino, desenhado para capacitar, no curto prazo, novos profissionais para o setor. Estamos construindo diferentes modelos de formação para capacitar pessoas que seguirão o legado da refinaria”, explica Marcelo.

Projetos sociais, como a parceria com o Unicef, para retorno seguro às aulas em 32 escolas da comunidade, com a Fundação Banco do Brasil e Obras Sociais de Irmã Dulce, somam investimentos superiores a R$ 4 milhões.

Na esfera ambiental, a Acelen vem investindo para melhorar a eficiência e reduzir a emissão de particulados em sua operação e a geração de gases do efeito estufa, além do consumo do gás natural para contribuir com a melhora da qualidade do ar. Em outra frente, a empresa realizou a primeira carga de petróleo com neutralização de todo o carbono gerado na logística marítima para ser processado na refinaria. “Nosso intuito é seguir aprimorando, ampliando a eficiência energética e otimizando o uso de recursos hídricos. Também oferecer variedade de produtos sustentáveis no portfólio, realizar mais investimentos em energias renováveis e reduzir ainda mais a emissão de poluentes”, completa Marcelo.